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  • Foto do escritor: Vivianne Geber
    Vivianne Geber
  • 17 de mai. de 2018
  • 1 min de leitura

Ouvi uma pessoa reclamar noutro dia sobre o fato de as Forças Armadas serem empregadas em atividades assistenciais.

Nada melhor do que falar sobre as ASSHOP da Marinha para esclarecer esse assunto.

A sigla refere-se às operações de assistência médica, odontológica e de orientação sanitária que são realizadas há mais de 40 anos pelos Navios de Assistência Hospitalar, junto às populações ribeirinhas e indígenas da Amazônia – Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. Eles são conhecidos como “Navios da Esperança”, por levarem algum amparo aos que vivem nas comunidades carentes daquela região, em lugares que, às vezes, somente os navios da Marinha alcançam.

E não é apenas o que eles fazem — como se isso fosse pouco.

por Marinha do Brasil (imagem da internet)

Além dos médicos e dentistas, há uma equipe especializada que legaliza as embarcações dos ribeirinhos e os habilita para uma navegação segura, ensinando os cuidados que devem ser tomados ao navegar.

Portanto, a presença da Marinha na região já estaria justificada — afinal, essa é a função da Autoridade Marítima.

por Marghara (imagem da internet)

Só que tem mais.

Você sabe o que é ONG, não sabe? As famosas Organizações Não Governamentais? E você sabe que existem várias delas — estrangeiras — plantadas nos lugares mais remotos e estratégicos do País.

Então, some dois mais dois.

A tarefa da Marinha na região Amazônia é sim prestar assistência médica e sanitária e prover a segurança da navegação aquaviária, mas também contribui para afastar possíveis influências dessas ONGs na região que corresponde a 48% do território.

É ou não é Defesa Nacional?


 
 
  • Foto do escritor: Vivianne Geber
    Vivianne Geber
  • 10 de mai. de 2018
  • 2 min de leitura

Parece papo dos anos 50, quando se discutia se as mulheres podiam assumir cargos e exercer funções públicas nas mesmas condições que os homens, mas acredite, igualdade de gêneros é um debate que está em voga até hoje, em pleno século XXI.

A Marinha foi a primeira das três Forças brasileiras a admitir mulheres em suas fileiras, há quase 40 anos. Claro, no início, o trabalho feminino era restrito ao administrativo, não era permitido às militares portar arma, a insígnia (aquele broche preso na gola da camisa) era uma rosa dourada e a carreira era bem diferente — elas pertenciam ao Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha, e eram chamadas de CAF.

Com o tempo, o mundo evoluiu e as Forças Armadas também.

Eu nunca fui CAF. Posso não ter sentido tanto as mudanças, porém, sei que foram muitas. Entrei na Marinha em 1998, já no recém-criado Quadro Técnico, assim que foi aprovada a Lei de Reestruturação de Corpos e Quadros que extinguiu o corpo feminino, o marco legal que ampliou as atividades das mulheres.

Praça dos Três Poderes

Depois disso, foi só conquista.

Em 2012, a Marinha, pioneira mais uma vez, fez a única mulher Oficial General das Forças Armadas (depois de 30 anos de serviço). Em 2014, foi a vez das Aspirantes ingressarem na Escola Naval no Corpo de Intendentes, e, nesse ano, as inscrições foram abertas para elas integrarem o Corpo da Armada e o de Fuzileiros Navais, até então restritos aos homens.

Agora, a palavra de ordem é meritocracia.

Dentre as várias histórias de superação e sucesso; temos a da Capitão-Tenente Maria Almeida, que será a primeira militar brasileira a participar de uma missão de paz na área de Abyei, no Sudão do Sul; a da Segundo-Tenente Débora, que é a primeira mulher combatente do Corpo de Fuzileiros Navais e das Forças Armadas brasileiras a integrar uma tropa em missão de paz; a da Capitão de Corveta Rosângela, primeira mulher a assumir a chefia do destacamento do Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade; e da Capitão de Fragata Carla Daniel, minha amiga de turma, e primeira mulher a representar o Brasil no comando do Departamento de Operações de Paz da ONU em Nova Iorque.

Ah, e antes que alguém pergunte, aqui a mulher não ganha menos que o homem — os direitos e deveres são iguais.

Ainda há muito o que se fazer e pelo que lutar, mas estaremos aqui para ajudar.

Quem disse que as Forças Armadas são só para homem?


 
 
  • Foto do escritor: Vivianne Geber
    Vivianne Geber
  • 3 de mai. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 5 de jul. de 2018

Ok. Esse é o tema mais polêmico de todos. Então, por favor, tentem ler o texto deixando as ideologias de lado.

Antes de tudo, a intervenção não é militar, é FEDERAL, limitada à área de segurança pública do Rio de Janeiro. O interventor é um militar, mas poderia muito bem ser um civil. Não me perguntem por que um militar foi escolhido. Talvez pela capacidade de saber conduzir pessoas e a prática de tratar com grandes pelotões ou pelo costume de lidar com as rígidas rotinas da caserna e com a disciplina e hierarquia, bases fundamentais de um quartel, ou pelo comprometimento com a instituição que representa (já que não pode fazer feio), ou até mesmo pela expertise adquirida nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem (papo para outro post) que estão em vigor desde agosto do ano passado. Segurança Pública não é a atribuição principal das Forças Armadas, mas fazer o quê?


Operação Ágata - por Ministério da Defesa (imagem da internet)

O que importa é que a escolha faz parte de uma medida democrática, prevista na Constituição de 1988, nossa “constituição-cidadã”, para ser aplicada no tal do “grave comprometimento da ordem pública”, uma situação excepcional, como a que foi verificada no Rio de Janeiro. Aliás, não é só o Brasil que conta com esse instrumento jurídico, vários outros países democráticos o preveem em suas constituições — aqui nada se cria, tudo se copia.

Não entrarei no mérito da decretação da medida — se era necessária, se há outros Estados da federação com níveis de criminalidade piores do que os do Rio ou se foi questão política — o importante aqui é a missão dada a um General do Exército que a cumpre dentro da lei.

O interventor hoje comanda a polícia militar e civil e tem os militares das Forças Armadas à sua disposição para ajudá-lo a organizar a segurança pública de um Estado quebrado, fragmentado socialmente e com comunidades dominadas por facções criminosas, crime organizado e milícias. Uma árdua tarefa, ninguém duvida disso, não é?

Por Agência Brasil Fotografias (imagem da internet)

São 10 meses para consertar anos de estragos, de má-gestão e corrupção, de deterioração e imoralidades. Viaturas sem contrato de manutenção, frota parada, falta de pagamento dos policiais, de fornecedores, sem falar na crescente onda de criminalidade — um verdadeiro colapso.

Não existe milagre. É duro dizer isso, mas é a realidade.

O interventor está fazendo o que pode: mudou os comandos das polícias, fez auditorias, requisitou policiais emprestados, está desenvolvendo programas, tenta reformular projetos, coloca ordem na casa.

A função é ingrata — qualquer erro é valorizado e o sucesso não é mais do que obrigação.

Alguém lembra que Nova Iorque foi uma das cidades mais perigosas do mundo? Lembra dos índices de criminalidade que atingiam recordes históricos? Da epidemia do crack na Big Apple dos anos 80? Hoje a cidade tem menos de 300 homicídios por ano. Será que temos solução?

O sucesso vai depender de todos, da cooperação entre as instituições, da população, da imprensa e dos poderes da República. Ele vai depender de você.


 
 
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