Seguindo com as indicações de filmes com temática militar, não dá para deixar de falar de “Homens de Honra”, aquele filme com o Robert de Niro e o Cuba Gooding Jr.
Chorei muito. Foi impressionante o sacrifício, a determinação e a coragem do jovem que sonhava em entrar para a Marinha e ser mergulhador.
E falo de ser escafandrista, aquele chamado de “kafango” ou “cabeça de lata”, por causa do capacete que usa.
O filme é baseado na história real do mergulhador Carl Brashear, formado pela U.S. Navy Diving & Salvage School, em 1954.
Na Marinha do Brasil, eles são preparados e especializados no Centro de Instrução Almirante Áttila Monteiro Aché, o CIAMA, local que, além de ministrar cursos relacionados às atividades de submarino, mergulho e operações especiais, ainda desenvolve estudos e pesquisas hiperbáricas.
São tantas as tarefas dos mergulhadores escafandristas que é até difícil resumir. Eles auxiliam nas rotinas de docagem e desdocagem de navios; fazem tamponamento de eixos de embarcações; realizam inspeções em superfícies submersas de cascos de meios marítimos, auxiliando no diagnóstico periódico de avarias; apoiam o reparo de redes submersas; ajudam no salvamento, na reflutuação e no desencalhe de embarcações e aeronaves; fazem serviço de corte ou solda submarina; limpam as superfícies submersas de embarcações, contribuindo com a manutenção preventiva contra corrosão e incrustações; dentre inúmeras outras responsabilidades.
Deu para notar que é um ofício árduo, perigoso e extenuante. É preciso muita dedicação, autocontrole, força física e boas condições pulmonares, claro.
Mas nem só de obstáculos e agruras vive o mergulhador escafandrista. A beleza do mar é infinita e é ele quem a fotografa e faz filmagens como ninguém.
Aliás, também é um dos principais personagens na preservação do patrimônio cultural subaquático brasileiro.
Enfim, este é o trabalho invisível e incansável dos homens do fundo do mar.
A Marinha, mais uma vez, "protegendo nossas riquezas, cuidando da nossa gente".