Não há tema melhor do que esse para começar — é o cerne do meu romance MISSÃO PRÉ-SAL 2025. Pois é, o assunto dá tanto pano para manga que deu até um livro de espionagem (de mentirinha, claro!).
As perguntas são sempre as mesmas: o Brasil precisa de um submarino com propulsão nuclear? O Brasil não assinou o tratado de não-proliferação de armas nucleares?
São 8.500 quilômetros de costa e cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados de águas marítimas. Recursos vivos e não vivos, biodiversidade de espécies e um incrível potencial econômico. Lá são extraídos mais de 90% do petróleo e mais de 70% do gás natural que são produzidos no país. Esse vasto território submerso na costa brasileira é chamado de Amazônia Azul, em analogia à nossa outra Amazônia, com toda a riqueza que lhe é inerente.
Então pense grande. Não seja inocente achando que não há cobiça no mundo.
Nosso país é hoje a oitava maior economia mundial e o maior produtor de petróleo da América Latina — com o Pré-Sal superamos a Venezuela e o México.
Respondendo à primeira pergunta, sim, precisamos de um submarino com propulsão nuclear. Precisamos de vigilância, controle e defesa do imenso litoral brasileiro. O simples fato de tê-lo em nossa frota já funciona como tática de dissuasão e ninguém vai querer se meter a besta com a gente.
Quanto à segunda pergunta, sim, os fins são pacíficos. O objetivo não é construir armas nucleares. Isso é paranoia. O que se pretende é autossuficiência, eficiência e independência. Estamos entre os países com a maior reserva de urânio do mundo e dominamos o processo de seu enriquecimento através do método das ultracentrifugadoras, tecnologia que traz benefícios para a geração de energia, para a medicina nuclear (no tratamento e diagnóstico de câncer, por exemplo), para a produção de radiofármacos e até mesmo para a agricultura, além da capacitação da indústria brasileira, dos centros de pesquisa e das universidades.
É a indústria de defesa gerando renda, emprego, progresso e crescimento do país.