Na última terça-feira, foi comemorado o dia internacional dos Peacekeepers, que poderia ser traduzido como “mantenedores da paz”, os famosos "boinas azuis".
A data foi instituída pela ONU em referência à primeira operação de manutenção da paz das Nações Unidas, para a supervisão do cessar-fogo na guerra árabe-israelense, em 1948.
No dia 29 de maio, os militares que fizeram e fazem parte das missões de paz são, portanto, homenageados por sua bravura e sacrifício, por arriscarem a própria vida em prol da paz.
E não é demagogia. Muitos morreram durante as missões.
Recentemente, militares brasileiros do Estado-Maior da Força de Paz da ONU na República Centro-Africana, dentre eles, a Capitão de Corveta Márcia, colega de farda, foram atacados em Bangui, capital da República Centro-Africana, durante um confronto local em um bairro muçulmano. A viatura da ONU, em que estavam, foi apedrejada. Era a primeira semana da missão.
O Brasil participou de inúmeras operações de paz e já enviou cerca de 50 mil militares para lugares como Chipre, Saara Ocidental, República Democrática do Congo, Guiné-Bissau e Sudão, por exemplo.
Na costa libanesa, a Marinha mantém uma aeronave e um navio que fazem parte da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano, a UNIFIL, que, desde 2011, contribui para impedir a entrada de armas ilegais e contrabandos naquele país.
No Haiti, as Forças Armadas brasileiras atuaram por 13 anos, restabelecendo a segurança e a normalidade do país, após sucessivos episódios de turbulência política e violência. Lá, os Peacekeepers ainda sofreram com furacões, inundações, epidemia de cólera e terremoto.
Hoje, no Brasil, vivemos um momento bastante conturbado, precisando (e como!) de paz.
Mas apesar de as Forças Armadas terem uma grande experiência nesse tipo de missão, elas, em primeiro lugar, cumprem a Constituição e as leis.
Felizmente, "o Haiti não é aqui."
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